GESTÃO BD X GESTÃO CD

Alguns participantes nos indagam sobre a diferença entre as rentabilidades obtidas pelos Planos da modalidade BD – Benefício Definido e os da modalidade CV – Contribuição Variável ou CD – Contribuição Definida. De fato, a rentabilidade do segmento BD, ao longo dos últimos anos, tem sido ainda superior à obtida pelos segmentos CD e CV.

O que ocorre é que a grande maioria dos Participantes dos Planos na modalidade BD está aposentada, ou aguardando o tempo para ter direito à aposentadoria, já que estes planos não estão abertos a novas adesões.

Sendo assim, pelas suas características de compromissos de longo prazo devido aos benefícios vitalícios, assim como pela pouca ocorrência de resgates de saldos de conta, os recursos dos Planos BD podem ser aplicados a médio / longo prazo, não sendo exigiveis de imediato. E, como sabemos, uma aplicação a longo prazo tipicamente rende mais, pois não será resgatada no futuro próximo.

Ciente disto, o órgão federal que regula a atuação da Fundação Atlântico – a Previc, Superintendência Nacional de Previdência Complementar – somente permite que contabilizemos aplicações em NTNs-B (Notas do Tesouro Nacional – série B) “a vencimento” no segmento BD, de forma a que não sejam impactadas pelas variações de preço das NTNs-B do dia a dia. Estas variações podem prejudicar sua rentabilidade antes do vencimento e é o que ocorreria se adquiríssemos estes títulos nos segmentos CD e CV.

Assim, somente os participantes do segmento BD podem usufruir da proteção contra a inflação que as NTNs-B proporcionam, sem incorrer no risco de variações. A aplicação nesta modalidade de contabilização (a vencimento) não é permitida pelas autoridades reguladoras nos segmentos CD e CV.

Nós na Fundação buscamos então alternativas, através de uma gestão ativa porém prudente, visando proteger os participantes dos segmentos CD e CV de diversas outras formas. Evidência disto é o fato de, nos últimos sete anos, os segmentos CD e CV superaram a inflação no acumulado em 13,4%. E, este ano, esperamos voltar a fazê-lo.

CURVA  X MERCADO

Ntn-B à MERCADO: EXEMPLO DE CASO

– Uma NTN-B com vencimento em 2026, comprada em 31/12/2020, que visava pagar inflação (IPCA) mais cerca de 2,25% ao ano, rendeu apenas 1,3% em 2021.

– Ou seja, devido à contabilização diária do mercado, rendeu menos que a inflação naquele ano, que foi de 10,0%.

– O mesmo título, se contabilizado no segmento BD, renderia 12,5% em 2021.

– Assim em nossa gestão CD procuramos minimizar este risco, tendo posições relativamente menores em NTNs-B e títulos pré-fixados em geral, privilegiando aqueles indexados ao CDI.

RETORNOS 1º SEMESTRE DE 2022

Fonte: Fundação Atlântico de Seguridade Social