Representantes da APAFASS, conselheiros e diretores da FASS participaram na semana passada, juntos com mais de 4.000 pessoas do 40º Congresso da Abrapp em São Paulo. O encontro mostra a força da indústria de previdência privada, ainda mais neste momento de mudança na previdência oficial.

Duas discussões chamaram mais a atenção: desafio de rentabilizar os ativos num mundo de juros baixos e a governança dos fundos de pensão.

Juros baixos terão forte impacto na indústria de previdência e na nossa Fundação;  o valor mensal que receberemos no futuro decorre de dois fatores: tempo que iremos sobreviver na data da aposentadoria e rendimento (juros) que os ativos que possuímos na FASS irão obter (até a nossa morte e a dos nossos beneficiários). Tempo de sobrevida é um cálculo atuarial, suponho que esteja correto, apesar de sabermos que ele se alonga com o passar dos anos (o que é um bom problema…). A questão-chave fica para a taxa de juros; a meta da maioria das fundações é um juro real por volta de 4,5%, até pouco tempo atrás bastava comprar um título público que esta meta de juros estava atingida. Hoje em diversos países o juro pago por governos já está próximo de zero, no Brasil deve estar por volta de 3%, ou seja, comprar somente título público não resolve mais nossa meta, vamos precisar comprar títulos que paguem mais; esses, tem mais riscos que um título público. Em diversos painéis esta foi a discussão: comprar ativos no exterior?, bolsa de Valores?, títulos privados e outros fundos com portfolios diversificados?. A diversificação parece inevitável.

Com relação à governança, o exemplo de diversos fundos públicos que passaram por problemas nos últimos anos deixa claro que as fundações, ainda mais aplicando em novas classes de ativos, deverão ter reforçadas suas estruturas de governança, especialmente quanto à escolha de onde  investir. Este deve ser o grande papel da APAFASS: ser um canal para buscar sempre evoluções na governança da FASS e nos momentos que seja necessário, ser um canal na defesa dos recursos dos aposentados hoje administrados na FASS. Sempre que possível trabalhando próximo da patrocinadora e da FASS, mais defendendo sempre os interesses dos aposentados.

Para os dias de desafios pela frente, a eterna vigilância deve ser um papel de destaque da APAFASS.